quarta-feira, 2 de abril de 2008

Exposição "Tarsila Viajante"

Ahh, foi muito bom!
Foi bom ver os quadros de pertiiinho, sentir o cheiro das telas, quase tocá-las, devorá-las! Foi bom ficar ali parado e sentir toda a explosão de sentimentos que obras daquele tamanho podem nos passar! Foi bom "ouver" aqueles quadros juntos, como amigos, entrelaçados, dialogando em voz alta o tempo todo! Ah, como foi bom! Ver o mundo através dos olhos de Tarsila do Amaral!
É uma pena que algumas bundas sorridentes distraíram alguns espectadores....
Viva a arte e todos os que a vivem!!!!!!


A Lua, Tarsila do Amaral, 1928.

Composição, Tarsila do Amaral, 1930.
Os dois quadros acima me chamaram a atenção, pois acredito que há uma relação direta entre ambos. Para mim, representam o tão famoso amor de Tarsila por Oswald Andrade. O primeiro, de 1928, simboliza o seu amado que, de costas para ela, contempla o céu, a Lua, que reflete o próprio movimento de seus cabelos, que estão representados no quadro "Composição" de 1930. Neste, observa-se a pintora, vendo de longe, as plantas verdes (como a do quadro A Lua), que representariam Oswald. A própria separação dos amantes em dois quadros tem muito a dizer, já que sua história foi marcada por separações. Por "coincidência", A Lua era o quadro preferido de Oswald, seu marido quando foi pintado, que conservou o quadro até a sua morte (mesmo separado da artista)!

2 comentários:

Unknown disse...

Huum, muito bom!
cada vez melhor eu diria, meninos.

beijos.

Geruza Zelnys disse...

ai que delíciaaaaa
relembrar esse momento de encontro, ouvir sua voz coerente comentando/criticando a obra da Tarsila...
Confesso que já estava cansada de tanta colagem, de tanto Ctrl+V desnecessários porque, afinal, a gente tava lá, então todo o resto é olhar pela TV a rua lá fora...
Amei essa leitura que já incorporei à minha, com seus créditos evidentemente: a Lua tua e a decomposição de Composição...

Aiai ficava aqui até o futuro ou pelo menos até a próxima revolução modernista...
bj
G.